domingo, 17 de agosto de 2008

O ASM Depende Do CSS Daemon

Muitos DBA que decidem utilizar pela primeira vez o ASM, surpreendem-se com erros relacionado ao daemon css ao configurar uma instância ASM. Configurar esse serviço é fácil, basta criar o arquivo de inicialização de banco apenas com o parametro INSTANCE_TYPE=ASM. Entretanto somente isto não é suficiente. Você tem que iniciar, como root, o Cluster Syncronization Services daemon. Para isto, execute o comando a seguir:

# /u01/app/oracle/product/11.1.0/db_1/bin/localconfig reset
Successfully accumulated necessary OCR keys.
Creating OCR keys for user ‘root’, privgrp ‘root’..
Operation successful.
Configuration for local CSS has been initialized

Adding to inittab
Startup will be queued to init within 30 seconds.
Checking the status of new Oracle init process…
Expecting the CRS daemons to be up within 600 seconds.

Caso o serviço não suba em dez minutos digite CTRL-C e execute o comando a seguir.

# nohup /etc/init.d/init.cssd run >/dev/null 2>&1 

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Export/Import Via Database Link

O Datapump é uma boa opção para quem utiliza o Oracle10 e deseja exportar e, em seguida, importar tabelas entre bancos sem utilizar área temporária para acomodação de arquivos de dump.

Com Oracle Datapump é possível importar dados de outro banco via database link. O processo é um pouco mais lento, mas é uma alternativa para ambientes com pouco espaço em disco.

O exemplo abaixo mostra importar tabelas via database link.

impdp ze/maneh TABLES=tab1,tab2 \
DIRECTORY=ze_dir \
NETWORK_LINK=ze_link \
LOGFILE=import.log

OBS: Antes de utilizar o Oracle Datapump na importação de tabelas via database link, certifique-se da criação dos objetos de banco database link e directory.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Visão Geral do Oracle ASM

Automatic Storage Manager (ASM) é um gerenciador de volumes e ao mesmo tempo um sistema de arquivos para banco de dados Oracle o qual suporta configurações do tipo single-instance e RAC. O ASM é uma solução alternativa de gerenciamento de volume de discos, sistemas de arquivos e raw devices.

O ASM utiliza agrupamento de discos para armazenar arquivos de dados; um ASM disk group nada mais é do que uma coleção de discos os quais o ASM gerencia como se fosse apenas uma unidade de disco. Dentro de um disk group, os arquivos de banco de dados Oracle são apresentados em uma interface semelhante ao sistema de arquivos unix e linux. O conteúdo dos arquivos são eventualmente redistribuidos para evitar gargalos e garantir estabilidade de desempenho. Seu desempenho é semelhante ao desempenho de raw devices.

Voce pode adicionar ou remover discos de um disk group sem interromper o serviço de banco de dados. Quando você remove ou adiciona discos de um disk group, o ASM automaticamente redistribui os arquivos e, conseqüentemente elimina a necessidade de parada de serviços para redistribuição de conteúdos.

O gerenciador ASM possui flexíveis opções de espelhamento. ASM normal e alta redundância de disk groups, espelhamentos tipo two-way e three-way respectivamente. Permite o uso de redundância externa do tipo RAID.

O ASM também utiliza o Oracle Managed Files (OMF) para simplificar o gerenciamento de arquivos banco de dados. O OMF automaticamente cria os arquivos em sua respectivas pastas. Além disso, atribui nomes aos arquivos e remove-os, defragmentando áreas de disco, quando as tablespaces ou arquivos são excluídos.

O ASM simplifica as tarefas de administração de storage consolidando os dados de storage em um reduzido grupo de discos. Isso possibilita a unificação do storage para diversos bancos de dados e oferece melhorias de desempenhos dos processos de leitura e gravação em discos.

Os arquivos ASM podem ser configurados com outros gerenciadores de storage , como raw devices e sistemas de arquivos de terceiros. Isto simplifica a integração do ASM com os demais sistemas de armazenamento já existentes.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Processo de Instalacao do Oracle Clusterware

O Oracle Clusterware é distribuído como parte integrante do produto Oracle Database. O Oracle Universal Installer (OUI) o instala em uma estrutura específica a qual pode referenciada como CRS_home. Devido ao fato do Oracle Clusterware realizar tarefas específicas do sistema operacional, há necessidade de conceder privilégios de superusuário para alguns de seus componentes

Antes de instalar o Oracle Clusterware, recomenda-se executar o Cluster Verification Utility (CVU) para certificar-se de que o ambiente possui todos os requisitos de instalação do Oracle Clusterware. O OUI também roda automaticamente o CVU ao final da instalação para verificar seus requisitos. Ele simplifica a instalação, configuração e demais tarefas pertinentes ao processo de instalação através de identificação de problemas relacionados ao ambiente clusterware.

Durante a instalação do Oracle Clusterware, deve-se identificar três endereços IP para cada node da arquitetura cluster. Um endereço IP para a interconexão privada e outro para a interconexão pública. O terceiro é um endereço IP virtual ao qual o cliente usará para conectar-se em cada instance.

O processo de instalaçao do Oracle Clusterware cria no storage os arquivos voting disk e OCR. Se selecionada a opção para redundância normal, então automaticamente o Oracle Clusterware manterá uma cópia desses arquivos para evitar o incidente Único Ponto de Falha. A redundância normal evita também a necessidade de soluções de redundância normalmente oferecidas pelo fornecedor do ambiente storage. Quando usamos redundância normal, o Oracle Clusterware automaticamente mantém duas cópias do arquivo OCR e três cópias do arquivo voting disk.

Se você escolher redundância externa para gravação dos arquivos OCR e voting disk, então para que se tenha redundância é necessário configurar espelhamento RAID em seu subsistema de discos para o incidente evitar Único Ponto de Falha.

Arquitetura e Processamento em Oracle Clusterware

O Oracle Clusterware é um software que quando instalado em servidores de mesmo sistema operacional, permite que esses servidores trabalhem como se fossem apenas um servidor. O Oracle Clusterware necessita de dois componentes: Um voting disk para gravar informações sobre o node membership e o Oracle Cluster Registry (OCR) para gravar informações sobre a configuração do cluster. Voting disk e OCR tem que residir um mesmo storage compartilhado. O Oracle Clusterware necessita que cada node seja conectado a uma rede privada através de interconexão privada.

A interconexão privada é uma rede separada a qual deve ser configurada entre os nodes participantes do cluster. Esta interconexão, a qual é requisitada pelo Oracle RAC, pode ser a mesma rede utilizada pelo clusterware, mas a interconexão não devem ser acessadas por nodes que não fazem parte do cluster.

A Oracle recomenda a redundância de interconexão para evitar que esta se transforme em único ponto de falha. Ela recomenda também o uso do User Datagram Protocol (UDP) sobre Gigabit Ethernet na configuração de interconexão do cluster. Cabos crossover não são suportados pelo Oracle Clusterware e nem pelo Oracle RAC.

O Oracle Clusterware gerencia os nodes do cluster e evita que uma ou instances tente controlar o acesso ao banco RAC. Isto pode ocorrer em falha na comunicação entre nodes via interconexão.

A arquitetura Oracle Clusterware suporta alta-disponibilidade através de reinicialização automática de componentes do cluster. O Oracle clusterware pode reiniciar automaticamente um node com objetivo de evitar que a indisponibilidade daquele node comprometa disponibilidade ambiente como um todo. Em um ambiente Oracle RAC, todos os componentes estão sobre o controle do Oracle Clusterware. O Oracle Clusterware também fornece uma API que permite o controle de outros processos Oracle.

Oracle RAC e Oracle Clusterware

Um cluster é composto de múltiplos computadores ou servidores interligados, mas que aos olhos dos usuários e aplicação aparentam ser apenas um servidor ou computador. O Oracle Database Real Cluster Application (Oracle RAC) possibilita a clusterização de bancos de dados Oracle. O Oracle RAC utiliza o Oracle Clusterware na criação da infraestrutura de interligação de multiplos servidores para estes trabalhem de forma sincronizada, como se fosse um único sistema.

O Oracle Clusterware é uma solução portável de gerenciamento de cluster e é um componente indispensável ao uso do Oracle RAC. Além disso, o Oracle Clusterware pode ser usado em single instance e RAC para ambientes que necessitem alta-disponibilidade. O Oracle clusterware possibilita a criação de um pool de storage para uso de sngle-instance e RAC databases.

Para utilizar o Oracle Clusterware é necessário que o sistema operacional esteja certificada para Oracle RAC. Todavia você pode utilizar clusterware de terceiros, caso estejam certificados para Oracle RAC.

O relacionamento entre banco e single-instance é de 1 para 1. Em ambientes Oracle RAC, esse relacionamento é de 1 para vários. Combinar capacidade de processamento de múltiplos servidores pode resultar em aumento significativo de taxa de transferência, de escalabilidade e de disponibilidade. Em ambientes Oracle RAC, cada instance normalmente roda em servidores separados.

A tecnologia Oracle RAC permite alta-disponibilidade e escalabilidade para todos os tipos de aplicação. A infraestrutura Oracle RAC é fundamental para implementação de arquitetura grid. Com o Oracle RAC é possivel agrupar pequenos servidores transformando-os em cluster. Isto resulta na criação de ambientes escaláveis e que podem suportar aplicativos de missão crítica, sem alteração de códigos.

domingo, 13 de julho de 2008

Internet e Disponibilidade de Servicos

Banco de dados e Internet tem possibilitado o compartilhamento de informações extendendo o acesso à aplicações de banco de dados a organizações e comunidades em todo o mundo. Esta extensão ressalta a importância da alta-disponibilidade em soluções de gestão de dados. Tanto os pequenos negócios quanto empresas multinacionais possuem usuários espalhados pelo mundo e, conseqüentemente necessitam acessar bases de dados 24 horas por dia. Sem acesso às bases de dados, operações param, vendas são perdidas. Os usuários que tornaram mais dependentes dessas soluções, que agora demandam acordos de nível de serviço com departamentos de tecnologia da informação.

Empresas tem usado a infraestrutura de TI para oferecer vantagem competitiva, aumentam a produtividade, encoraja usuários tomar decisões mais rápidas e baseadas em informações precisas. Todavia, com esses benefícios aumenta a dependência da infraestrutura. Se uma aplicação crítica torna-se indisponível, então todo o negócio pode transformar-se num jogo da sorte. Vendas e clientes podem ser perdidos, penalizações e multas podem ser aplicadas, a imagem da empresa pode ser afetada e consequentemente causa perdas no mercado de ações. Torna-se crítico examinar quais fatores que determinam como seus dados protegidos a maximizam a disponibilidade aos usuários.

Indicadores de disponibilidade mede a disponibilidade de uma aplicaçao, serviço ou funcionalidade. Esses indicadores são mensurados pela percepção do usuário final. Usuário detestam indisponibilidade de dados e, em geral, não entendem ou se preocupam em diferenciar complexidades entre componentes.

Confiabilidade, recuperabilidade, tempo de detecção de erro e monitoração contínua dos serviços são caracteristicas primárias de soluções de alta-disponbilidade. Um ambiente de alta-disponibilidade deve ser transparente a maioria da falhas, prover rotinas, pre-definidas, de medição preventiva, prover monitoração proativa e rápida identificação de falhas, recuperação rápida e automatizada, proteção de dados para evitar perdas indesejáveis, implementar melhores práticas de gestão de TI, prover alta-disponibilidade para cumprir acordo de níveis de serviço.

A importância da alta-disponibilidade varia de uma aplicação para outra. Todavia, a necessidade de oferecer melhoria nos níveis de disponibilidade aumenta a cada dia, com o objetivo de prover vantagens competitivas. Na maoria dos casos, novas solução são baseadas em acesso a dados de negócio. Quando o dado não é acessado, isto pode causar interrupções em fucionalidades da aplicação. Isto pode causar queda de produtividade, afetar o relacionamento com clientes, publicidade negativa, ações judiciais.

Quando aplicação do tipo missão-crítica torna indisponível, empresas são colocadas na berlinda. Nem sempre é fácil calcular da queda de serviços. Consumidores insatisfeitos, empregados parados e publicidade negativa casam prejuísos não mensuráveis em moeda.

A empresas sabem da importância da alta-disponibilidade de serviços de TI. Conseqüentemente, cada dia investem mais em soluções de segurança em infraestrutura, embora saibam que investir somente em TI não é tudo. Por exemplo, uma eventual greve dos Correios pode afetar profundamente os negócios de empresas que utilizam esse serviço para vender seus produtos via Internet, mas isto já é um outro assunto.